5/15/2007

Eu? ou Eu.


Hoje vieram me perguntar porque eu estava tão feliz...se seria porque eu teria me encontrado...

Mas será que essa busca teria fim? Claro que não, afinal não há um "eu" definido. São tantas mudanças , tantos valores agregados a cada dia. Então não há para quê se encontrar, se entender se em breve tudo estará diferente de novo. Basta se aceitar, se acomodar com seu "eu" do momento.

Com certeza é melhor ser uma interrogação que um ponto final. Com a interrogação poderei sempre me explicar de várias formas, a cada dia serei um descoberta para mim mesmo. Com o ponto final não! Tudo acaba nele mesmo, e o "eu" não encontra mais sentido de existir.

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Fim de semna passada assisti o tão comentado e premiado " O céu de Suely". Hum...percebi logo que não seria um filme muito diferente como muitos esperariam.Mas sei lá o filme tem uma sultieza, lirismo no seu ser. A história de uma mulher que vende uma rifa de uma noite com ela para a partir do ganho encontrar um rumo para ela e seu filho é de uma sinceridade tamanha que você entende perfeitamente que aquela forma é a única forma. Entende perfeitamente que ela não está se prostituindo.Você fica cúmplice dela, esperando logo que ela se rife e consiga seu objetivo, que infelizmente não é completo. Vale pelo lirismo e tom apaixonado e sonhador do filme.

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6 Comments:

Blogger Unknown said...

Magnífico! As coisas que vc escreve me faz sentir menos estranho, é como se eu me sentisse menos alienígena..

11:53 PM  
Anonymous Anônimo said...

seremos sempre uma interrogaçao...os sonhos de hj talvez nao sejam o de amanha...as agustias do passado muitas vezes nada sao no presente..pq isso?..somos seres dinamicos, em profunda transformaçao com um meio que constantemente muda, nasce, cresce.morre e renasce!

descobrir o nosso "eu", tao clariciano essa procura...muitas vezes acho q o descobri, mas me pego outras ocasioes mordendo as unhas, outras com olhos cheio de lagrimas e realizando atitudes que meu "eu" descoberto se mostra desconhecido!

mas pq anda feliz ultimamente?..nao pela descoberta do "eu" isso ja sei..mas pq?..sera pq é "melhor ser alegre do que ser triste"?


"O ceu de Suely"...filme simples..atos com um fim...busca da felicidade?..sempre vivemos nessa busca!..


pq eu sonho tanto?...isso é o que rodeia minhas reflexoes atuais!..

abraço, junior!
=)

12:03 AM  
Blogger Thiago Palmeira said...

Eu sou uma eterna interrogação, sempre tento me entender!

Mas somos humanos e isso eh normal... ainda bem!!!

Grande abraço!!!

1:32 AM  
Blogger Espaço de Memórias said...

Seja em relação à vida, aos filmes, às leituras, sempre prefiro as interrogações à um ponto final ou a um the end!
Sempre procuro a posibilidade da reflexão, da interrogação. Não acredito na verdade, mas nas verdades. Nas identidades em movimento.
Não me conformo na limitação de um filme ou de uma pessoa que se explica por completo sem deixar margem para minhas percepções, minhas construções.
Sou assim também, permito-me às descobertas, a negar-me, a aceitar-me, a descobrir vários "eus" que os contextos me pedem.

Estudando a História do Brasil e as questões de identidade, coletivas e individuais, percebia que sempre há a procura sobre as singularidas que nos identificam.

Há duas semanas, refletindo e escrevendo sobre o cinema brasileiro, que sempre busca a sua identidade, perguntava-me que busca (in)constante é essa da identidade.

Talvez essa busca incessante, que parece não ter fim se justifica nos movimentos, nas resignificações, de atender as necessidades de cada momento histórico ou pessoal.

Acredito nas pluralidades de Brasis, eus, indentidades que se movimentam atendendo as subjetividades individuas e coletivas.
Somos serem em processos.
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Como já tinha falado em outro post, a linha divisória entre as narrativas dos filmes e os meus sentimentos é de difícil percepção. Com "O céu de Suely" não é diferente. Este filme ainda é mais forte, porque seu apelo ao realismo é extremo. Sinto-me como se o cinema tivesse invadido uma realidade tão próxima da minha, suas cores, faces, cheiros, texturas, sons... Assistí e me emocionei com algo que não é estranho para mim. Estranho foi ver algo tão próximo lido por meio da linguagem do cinema.
Para a cena mais forte é na hora do jantar, quando a avó, Suely e a tia jantam em silêncio. Sintí as emoções e as dores internas das personagens em ebulição, porque é algo muito próximo (algo para discutir pessoalmente).
Os atores... brilhantismo.
Ao conversar com as pessoas vou descobrindo as "curiosidades" da obra: roteiro que dá abertura às construções dos diálogos no momento, permitindo aos atores expressarem com mais veracidade os sentimentos; convívio dos envolvidos no filme com a população...

Esse filme é pleno de sentimentos... falar dele é entrar em contato com os meus... como são muitos não me prolongarei mais!

Grande abraço,

Laércio.

12:21 PM  
Blogger Espaço de Memórias said...

Vindo lá do Espaço de Memórias...
Saudades também... e ainda guardo algumas recordações materiais desse tempo (se bem que esse tempo não passou...)
Cartinhas, bilhetes que são entregues por intermediários, papéis de bombons, letras de músicas, cantando (música rsss)... ai ai
Abraço

3:45 PM  
Blogger Espaço de Memórias said...

Eita... kkkkkkk pareceu dúbio o comentário...
Vindo lá do Espaço de Memórias...
Saudades também desse tempo de galanteios... e ainda guardo algumas recordações materiais de quando fazia essas coisas(se bem que esse tempo não passou...)
Cartinhas (ainda guardo a primeira carta de amor que recebi), bilhetes que são entregues por intermediários, papéis de bombons, letras de músicas, cantando (música rsss)... ai ai
Eu guardo tantos objetos, e de tantos significados, não é a toa que tenho grande interesse por memórias...
Abraço

3:48 PM  

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